Este foi o roteiro mais fácil de montar: qualquer estrada servia desde que passasse por Maranello. Como? O cavalheiro, ou a madame, não sabe o que tem de especial Maranello ? Sem exagerar nem um pouquinho, eu poderia dizer que em Maranello está o coração da Itália. Naquela pequena cidade se concentra a energia que é capaz de transformar um bloco de ferro no objeto mais desejado por 8 entre 10 pessoas sensatas. Sim, oito porque as outras duas já as compraram. Só para pronunciar o nome seria justo pagar uma taxa. FERRARI…….que som lindo.
Descobrir a localização do museu é o que de mais fácil existe, basta seguir as Ferraris. Isso mesmo: “Siga as Ferraris “. São dezenas de agências em torno do museu colocando modelos de todos os tipos para “test-drive”. Não sei muito bem como funciona, só cheguei até a fase de ser expulso da agência. Com meu colete de motoqueiro, capacete na mão e pinta de sub-desenvolvido, nem olharam para minha cara. Retirei-me antes que chamassem a polícia, mas fiz algumas fotos antes. Uma pena, perderam uma venda !
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Mas foi isso que aconteceu. Só me restou, como se fosse pouco, entrar no museu e esquecer da vida. Quinze euros muito bem investidos. Filmes mostrando Alberto Ascari, Juan Manuel Fangio, Luigi Musso e muitos outros pilotando aqueles verdadeiros foguetes, sem recursos de freio à disco, pneus com composto especial, controle de tração, telemetria e outras viadagens modernas. Tinha que ser bom de braço mesmo. Na galeria com os pilotos da Ferrari de todos os tempos foi com orgulho que vi o grande Chico Landi, autor da primeira vitória na história da Ferrari no Grande Premio de Bari de 1948.
Percorrendo o museu, a gente entende porque o italiano torce pelo carro e não pelo piloto, como ocorre em outros países. A gente entende um “Carabinieri” fazendo a ronda na porta de um restaurante chic, escrever no orvalho do para-brisas de uma Testa Rossa: “Ti amo”.
A única equipe que participa do campeonato mundial de Formula 1 desde sua criação. Uma equipe que chegou a construir carros exclusivamente para UMA corrida. A corrida mais louca que existiu sobre a face da terra: a Mille Miglia.
Se você gosta de automobilismo não pode deixar de ler “O capacete verde” de John Cleary. Você vai entender o que era esse evento que reunia a nata do automobilismo mundial. Imperdível.
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