Sai tarde de Paris, tive que esperar as lojas abrirem e comprar ferramentas para instalar o suporte do GPS no “handle-bar”. Só não instalei a parte elétrica porque fui recomendado a levar a Brigitte apenas na rede autorizada Yamaha, por sinal a maior da Europa. Amanhã resolvo mais essa parada.
Enquanto isso, o negócio foi carregar a bateria do GPS e vir economizando ao máximo. Ainda assim a bateria zerou e só me restou o mapa.
Estou fazendo meu percurso fugindo das auto-estradas, com isso evito pedágios, passo por pequenas vilas francesas e arremato traçando umas curvinhas que já me fizeram arrastar a plataforma da Brigitte. O único inconveniente dessas estradas secundárias é que você pilota praticamente dentro de um cartão postal e tem que se portar à altura do momento para não destoar do conjunto da obra… é muita responsabilidade para um velho e encarquilhado motoqueiro!
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Só me resta corrigir a postura, mãos naturalmente pousadas nas manetes, cotovelos mais baixos do que os punhos, cabeça erguida e o olhar como o de uma águia fitando sua presa no horizonte, arrematando com o velho e saudável sorriso nos lábios de quem se sabe recompensado pela vida.
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As velocidades, na maioria das vezes são entre 70 e 90 km/h nas estradas secundárias e em torno de 120-130 quando pego trechos das grandes rodovias com consumo na base de 18-19 km por litro da 98 octanas (sem etanol). Já estou me sentindo à vontade na moto, ela tem uma relação de marchas bem longa e nas ultrapassagens basta jogar uma marcha para baixo e enroscar com fé que ela faz bonito. O para-brisas enorme e sem distorções, permite pilotar confortavelmente nas baixas temperaturas que tenho encontrado, além disso, a forma como foi colocado não gera reflexos à noite nem dos cromados durante o dia. Isto sem falar no monte de insetos que eu iria engolir sem ele, hehehe. Estou gostando, estou gostando muito dessa tal de Brigitte.
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Abasteci duas vezes e na segunda, em uma pequena vila, o senhor que me atendeu indicou-me um toillete dentro da garagem. Todos os toilletes do mundo deveriam ser iguais àquele: uma réplica do Shellby Cobra e um Triumph “Jacaré” enfeitando a entrada. Esses carros me perseguem! O Cobra está parado a algum tempo, como denunciam as teias de aranha e ausência do câmbio (está com um motor Rover V8). O Triumph, com as elegantes rodas raiadas e a “churrasqueira” na tampa da mala.
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Parei numa pequena vila chamada Le Ribay onde vou jantar e pernoitar. Amanhã a luta continuará amigos.
Tenham todos uma ótima noite e muito obrigado por tudo. Grande abraço, moçada !!!!
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