Como dizia Nelson Rodrigues, na vida você tem que ter sorte até para chupar um Chica-Bon. O dono do hotel em Cortina é ciclista semi-profissional e me deu dicas preciosas sobre a região. Avisou-me que hoje (dia 5) vai acontecer uma competição onde se espera 10.000 (Dez mil!) ciclistas. Por isso, os melhores passos ficarão fechados para a competição.
Pronto, eu teria de mudar meus planos. Com a ajuda dele, montamos um circuito onde “tracei” os Passos Valparola, Gardenia, Sella, Pordoi, Rolle e di San Martino. Cheguei à cidade de San Martino de Castrozza cansado, suado, com fome e sede, mas como uma criança que acabou de entrar em férias escolares e saber que não vai ter aulas de latim no próximo ano.
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Quando o dono do hotel falou em dez mil ciclistas, achei que ele estava delirando, mas pelo que vi na estrada é bem capaz mesmo. Além disso, os caras são alucinados. Nas descidas eles só faltam buzinar para ultrapassar os “jaspions”. Tinha que tomar muito cuidado, mas foi sensacional.
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As paisagens iam se sucedendo como num filme de publicidade de agência de turismo. Tinha que fazer muito esforço para não perder a concentração. Era melhor parar de vez em quando para aprecia-las. Em uma delas não resisti, tive que brindar. Uma pena que o velho Jack Daniel´s tinha acabado. A solução foi o tal de Limoncello que estava levando para o Mario Luiz. No Brasil eu compro uma 51 e digo que foi um metalúrgico que mandou para ele.
Fiquei num hotel 4 estrelas que o Departamento Financeiro só aprovou por estar em uma promoção de última hora (de 170 euros por 55 com o tal de colazione incluso). A cidade de San Martino di Castrozza fica entre Cortina e Saint Moritz e era muitíssimo bem frequentada até um velho maluco, criado em Guiricema, com um verniz de civilização adquirido no Serrote, invadi-la com sua linda e exuberante Brigitte. E tenho dito !
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