Estrada Real – de Ouro Preto a Tiradentes

Continuando nossa viagem de moto pela Estrada Real, nesse quarto dia deixamos Ouro Preto tendo como destino a cidade de Tiradentes. Seguimos pelo asfalto rumo a Ouro Branco, pegamos a BR 040 em Conselheiro Lafaiete e paramos para lanchar em um Posto.

Saímos da BR 040 e seguimos pelo asfalto, passando por Queluzito e Casa Grande, onde retomamos a estrada de terra rumo a Lagoa Dourada. Como esse trecho não tem sinalização, inicialmente achamos que havíamos nos perdido, mas no final, saímos numa estrada que dá acesso à cidade.

Quando chegamos a Lagoa Dourada, paramos em um posto de gasolina para pedir informações. Durante a conversa com os frentistas, um senhor em uma moto Honda NX bastante desgastada aproximou-se de nós. Sua simplicidade nos chamou a atenção. Tratava-se do Sr. Darci, que nos perguntou o que nós queríamos saber dizendo “meninos eu conheço tudo isso aqui”. Se sentou e explicou todo o trajeto. Decidimos que iríamos almoçar e o “Sô” Darci, se prontificou a nos levar a um restaurante, e foi isso que ele fez.

Ficamos encantados com a receptividade e a simplicidade do “Sô” Darci, parece que o conhecíamos há anos. Ele nos levou até o Restaurante Imperando e disse que, enquanto nós almoçássemos, ele iria resolver um probleminha no banco e que se desse tempo ia nos guiar até a fazenda Bandeirinhas, que era caminho da casa dele. Percebemos que o Senhor Darci também é um amante do motociclismo e realmente conhecia toda aquela região da Estrada Real.

Na saída da cidade, ele juntou-se a nós repentinamente, tomando a frente numa velocidade acima da que estávamos correndo, foi muito divertido. Seguimos o Senhor Darci até a sede da fazenda “Bandeirinhas”, onde fomos recepcionados pelo proprietário, o Sr. Gilmar. Quando começamos a conversa, descobrimos outra simpatia em pessoa e adepto do motociclismo. Imediatamente começou a desenhar o mapa do nosso percurso à frente.

Sem a ajuda dessas duas pessoas, certamente teríamos muita dificuldade para achar a rota certa, a sinalização não existe e tem muito desvio. Em um desses desvios, o Adeildo sofreu uma queda por causa de um tronco, mas foram só o susto e alguns arranhões na moto. Passamos pela fazenda do Sr. Olegário e a estrada estava melhor.

Passamos por um local onde funciona um atelier de dois irmãos escultores. Os irmãos Guto e Tiago esculpem animais em madeira. Havia duas esculturas de leões de 3,5 X 1,8. Vale a pena acessar o site deles: www.gutoprados.art.br.

Depois de cinco quilômetros, chegamos à cidade de Prado, por onde passamos rapidamente e depois seguimos para Bichinho, já bem próximo a Tiradentes. Paramos na lanchonete “Pau de Angu” e mais tarde chegamos a Tiradentes.

Procuramos a Pousada da Bia, onde fomos muito bem recebidos pela própria Bia e a Elisete (que foi uma mãe para nós). Abusando da hospitalidade, pedimos para lavar as roupas, pois estávamos imundos, inclusive as motos.

Depois de instalados, fomos fazer um tour pela cidade, jantamos no restaurante “Vovó e Cia” onde fomos muito bem atendidos pelo garçom chamado Eliseu. Conhecemos também um aventureiro chamado Pedro, que encontramos no seu bar “Baloarte” (um lugar decorado no estilo tailandês), onde também conhecemos um americano, uma tailandesa, uma francesa e um gaúcho. Muito à vontade, Pedro começou a nos contar a suas aventuras de viagens até a Argentina com uma moto.


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