Nosso dia começou com o abastecimento das motos. Depois continuamos nossa viagem de moto pela Estrada Real rumo a Senhora do Carmo e Ipoema (Distrito de Itabira). A estrada nesse trecho estava boa, mesmo com cascalho solto conseguimos impor um ritmo melhor.
Chegamos a Senhora do Carmo e estacionamos na praça central de frente à Igreja. Aliás, todas cidades têm como uma das principais atrações as Igrejas. Despertamos a curiosidade de algumas pessoas, que se aproximaram, admirando as motos.
Em Ipoema também visitamos a Igreja e a praça, mas não demoramos muito. Seguimos rumo a Cocais. A estrada nesse trecho estava mal conservada até chegar à BR 381, próximo a Churrascaria H7 e o Restaurante Campolar (parada do avião). A estrada melhora após a travessia da pista, em meio à plantação de eucaliptos e a sinalização é boa.
Após Cocais, tivemos problemas com a sinalização, nos perdemos em uma montanha por mais de duas horas, todas as trilhas nos levavam a propriedades particulares. Por fim, encontramos uma família em um fusca, pedimos informação, uma criança (uma garota) de uns doze anos, disse que havíamos errado no pé da serra, o marco indicador estava coberto pelo mato. Assim, retornamos ao pé da serra e pegamos à estrada correta, a três quilômetros de Barão de Cocais a estrada estava sendo alterada e foi muito difícil transitar porque tem muitas pedras e estão fazendo um loteamento ou uma reserva, mas chegamos e almoçamos na churrascaria Maria Pilão, logo na entrada de Barão de Cocais.
Nossa próxima parada foi Santa Bárbara, onde chegamos muito bem. No caminho para Catas Altas tivemos problemas novamente com a sinalização e a estrada. Ao chegarmos a uma fazenda, fomos instruídos a pegar uma trilha que nos levou a um atoleiro. Nesse momento, o guia era o Daniel, que acabou atolando a moto. Percebemos que estávamos em um trecho da Estrada Real intransitável.
Após desatolar a moto do Daniel, retornamos e pegamos 13 km de asfalto até Catas Alta. Neste momento estávamos meio perdidos, então fizemos contato com um aventureiro que conhecia bem esse caminha, Guilherme de Belo Horizonte. Nosso objetivo era seguir para Santa Rita Durão pela estrada da CVRD. Após retomarmos nosso roteiro, a paisagem era montanhas de pedras, lagos e uma bela de uma bica d’água.
Chegamos a lugarejo chamado Bento Rodrigues, mais um lugar daqueles onde o dia parece ter 24 horas, uma calmaria, o único barulho que se ouvia era de nossas motos. Havia um senhor consertando uma bicicleta na calçada, paramos nos cumprimentamos, tratava-se do Sr. Geraldo, tomamos água, batemos um papinho e seguimos rumo a Camargo, outro lugarejo. A estrada nesse trecho é boa, bem conservada, mas possui algumas valas na beiras, onde o Adeildo entrou com sua moto. Mais uma vez fizemos força para tirar a moto.
Em Camargo, visitamos um chafariz e uma Igreja centenária (parece estar abandonada) e a estrada piorou. Seguimos viagem com destino a Mariana, onde chegamos à tarde e depois partimos para Ouro Preto. Encontramos Ouro Preto se preparando para festa do dia 21 de abril (dia de Tiradentes). Depois do objetivo alcançado, apreciamos um pouco da movimentação do centro e fomos para uma pousada.
Fomos parar na Pousada Inconfidência Mineira de propriedade do Braz e sua família, gente boa. Mais tarde o Braz nos levou até o centro, onde passeamos e jantamos no Restaurante “Casa do Ouvidor” tutu a mineira, com frango com quiabo.
Mariana e Ouro Preto merecem destaques pela importância na história de Minas Gerais e do Brasil. Mariana, chamada de “berço da civilização mineira”, foi a primeira capital, a primeira vila, a primeira sede de bispado e a primeira cidade de Minas Gerais. Hoje, é guardiã de uma importante parte do patrimônio cultural e histórico de Minas Gerais.
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