Estrada Real – Encantos de Minas

Durante seis dias, três motociclistas mineiros percorreram de moto os caminhos e trilhas da Estrada Real entre Diamantina, MG e Paraty, RJ, totalizando 994 km, sendo 80% deles em estradas de terra. Acompanhe o diário detalhado dessa bela viagem de moto pela história do Brasil.

Os Viajantes

Adeildo Rodrigues Costa
Contador
E-mail: adeildorodrigues@hotmail.com
Cidade: Governador Valadares – MG.
Moto: Honda / Tornado XR 250 ano: 2007

Daniel Gerhard Batista
Contador
E-mail: gerhardbatista@hotmail.com
Cidade: Manhuaçu – MG.
Moto: Honda / Tornado XR 250 ano: 2007 

Milton Mendes Botelho
Contador
E-mail: miltonconsultoria@hotmail.com
Cidade: Governador Valadares – MG.
Moto: Honda / NX Falcon 400 ano: 2006

Programação

Saída de Governador Valadares para Diamantina – MG: dia 17 de abril. Motos no trolete. período de poucas chuvas e ainda não está frio.
Saída de Diamantina – MG: dia 18 de abril.
Chegada prevista em Paraty – RJ: dia 23 de abril.
Distância a ser percorrida: 994 km – 80% em estrada de terra.
Retorno a Governador Valadares – MG: dia 25 de abril.
Equipamentos levados: Celular, máquina fotográfica, mapas, diário e caneta, óleo de lubrificar corrente, canivete suíço, corda de nylon, camisas oficiais com nome da expedição, produto de encher pneu, remédios, capa de chuva, roupas adequadas e mochilas para garupas.

A Viagem

O termo Estrada Real se refere aos caminhos trilhados pelos colonizadores desde a descoberta do ouro em Minas Gerais, até o período de sua exaustão. Estas vias eram as únicas de acesso à região das reservas auríferas e diamantíferas da capitania das Minas Gerais autorizadas pela Coroa Portuguesa. Os caminhos reais adquiriram, já a partir da sua abertura, natureza oficial. A circulação de pessoas, mercadorias, ouro e diamantes era, obrigatoriamente, feita por esses caminhos, constituindo crime de lesa-majestade a abertura de novos trajetos.

Foram trilhados dois caminhos: o velho (Diamantina – MG a Paraty – RJ) e o novo (Diamantina – MG a cidade do Rio de Janeiro) onde as embarcações da Coroa Portuguesa estavam atracados, esperando a carga. Também alguns piratas, inclusive alguns deles estão perdidos até hoje no Rio de Janeiro.

O nome Estrada Real passou a se referir, assim, àquelas vias que, pela sua antiguidade, importância e natureza oficial, eram propriedade da Coroa metropolitana. Durante todo o século XVIII, e também em parte do XIX, quando a era mineradora já se fora e os caminhos se tornaram livres e empobrecidos, as estradas reais foram os troncos viários principais do centro-sul do território colonial.

Quando começamos a planejar essa viagem de moto pela Estrada Real, decidimos pelo caminho velho iniciando em Diamantina com destino a Paraty, aproximadamente 1000 km. Imaginamos que um passeio nessa estrada é um retorno na história, é voltar no tempo dos tropeiros que chegavam em seus cavalos e os nativos que faziam festa com a chegada da tropeirada.

Quando falávamos de nossa aventura, éramos surpreendidos por alguns, dizendo, “vocês são loucos, andar de moto é muito perigoso, andar por estradas que vocês não conhecem” e as recomendações continuavam. Mas, nossas esposas e filhos incentivaram. Nos preparamos e partimos. Cada quilômetro foi uma emoção diferente, rico de tesouros históricos, culturais e de belezas naturais impressionantes, que passaremos a relatar.

Fonte de pesquisa: Texto de Márcio Santos – Pesquisador de rotas históricas, autor de Estradas Reais: introdução ao estudo dos caminhos do ouro e do diamante no Brasil (Belo Horizonte: Editora Estrada Real, 2001)

Viagem de moto

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