Esse dia vai ficar marcado de forma indelével nas nossas mentes, pois o momento mais desejado e esperado por nós, nos últimos 150 dias, estava por acontecer. Levantamos pilhados e, após o café na Tande Sara, era chegada a hora de irmos atrás da foto-objetivo da viagem. Sabíamos que teríamos rípio pela frente, mas este não nos trazia preocupação. Teria que ser superado sob quaisquer condições.
Saímos do hostel por volta de 9 horas e seguimos na proa da Bahia de Lapataia. Depois de 6 km de asfalto, mais 19 km de rípio – bem compactado, sem problemas – dentro do Parque Nacional Tierra del Fuego.
Com a ansiedade lá em cima, avistamos o fim da Ruta 3, o Fin del Mundo, a posição mais austral da Terra com acesso rodoviário. 6.132 km de casa. Missão cumprida, com a benção de Deus e a proteção de Nossa Senhora, Anjos e Santos.

Conseguimos parar as motos ao lado da placa turística, tiramos fotos, mas logo chegou uma “guardafuana” e, gentilmente, pediu-nos para retirá-las de lá e deixá-las no estacionamento, o que fizemos sem maiores problemas. O troféu já tinha sido muito bem registrado e estava guardado.
Encontramos irmãos brasileiros de São Paulo e mais fotos; o João encontrou um grupo de pessoas da sua região natal – Cataguases e Leopoldina. Conversando com eles, o João descobriu que havia um padre que viveu à época no seminário onde ele estudou e que conhece o Padre Sebastião, reitor na época e que ainda esta vivo. O João se emocionou com o bate papo.
Saímos para uma caminhada pelo Parque e vimos um pequeno santuário, onde fomos para agradecer pela vida e por tudo de bom que ela nos oferece.

O tempo começou a virar e retornamos à cidade muito, muito felizes. No porto, o passeio pelo Canal de Beagle não saiu por causa das condições meteorológicas. Perdemos a oportunidade, porque no dia seguinte começava o retorno.
Bebemoramos com uma super caneca de chopp. Desceu redondo.
10º dia: Bahia Lapataia: 25/6132 km
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