As fotos não estão muito boas. Foram tiradas no início dos anos 80, quando ainda não existiam as câmeras digitais e cheias de recursos de hoje, mas valem pelo registro.
Naquela época, um grande amigo meu, o Edmar, conheceu uma menina chamada Deyse, em Unaí, uma pequena cidade do noroeste de Minas Gerais. Assim como eu, Edmar era de Goiânia, capital do Estado de Goiás. Morando em cidades distantes mais de 400 quilômetros entre sí, eles mantiveram contato por um tempo através de cartas.
Com o passar do tempo, o casal se mostrava cada vez mais apaixonado e, um dia, decidiram oficializar o noivado.
Com a intenção de ir até Unaí pedir aos pais da Deyse, sua mão em casamento, Edmar me convidou para acompanha-lo na tarefa. Ele era um rapaz acanhado, mas muito boa gente e eu não tive como negar. E também queria dar ao amigo a força que ele precisava na hora de pedir a mão da moça.
Naquela época, nós dois tínhamos motocicletas Yamaha de 180 cc, a minha na cor vermelha a dele na cor azul. Armados de coragem, fizemos as mochilas, colocamos nas garupas das motos e saímos para uma pequena aventura, que representava muito para o companheiro Edmar.
A viagem transcorreu sem dificuldades e foi muito traquila. A estrada pela qual passamos, a Rodovia JK, estava em bom estado de conservação. Saímos bem cedinho e, com a regular potencia das motos, no início da tarde chagamos a Unaí. Ainda tivemos que enfrentar pasto e estrada de chão para chegar na casa da moça, uma fazenda, onde os pais e demais familiares aguardavam a chagada dos aventureiros.
Tudo correu com traquilidade, exceto a enrolação do futuro noivo para ter a coragem de solicitar a tão sonhada mão da moça em casamento.
Aquela foi a minha primeira viagem de motocicleta e, melhor ainda, o casal realmente estava apaixonado. Eles vivem juntos até hoje e o fruto da união dos nobres amigos foram dois filhos maravilhosos.
Deixe um comentário