Enfim o Brasil pode ser descoberto.
Nesse último dia 7 pudemos nos entregar totalmente a duas das nossas mais estimadas paixões, constituídas e plenamente exercidas, junto a nossa pátria e à motocicleta, e com tudo que gira em torno delas, e de ambas num dueto de independência e liberdade.
Realmente é uma emoção indescritível estar de motocicleta com muitos amigos, em pleno comboio, desfilando pra comemorar essa união maior, esse belo dueto.
Maior do que qualquer moto clube, maior que toda a nossa irmandade. Um bem comum que além de nos ter como verdadeiros motociclistas, nos emociona com o orgulho de sermos brasileiros, de sermos um povo da maior diversidade, guerreiros e unidos, com diferentes traquejos e gingados, mas de somente um idioma e de um mesmo sonho, de que ele realmente se torne imenso, se torne pelos seus filhos uma terra de “gigantes”, que farão prosperar a igualdade de direitos e oportunidades.
Olhando aqueles diversificados rostos, a desfilarem sobre suas máquinas de duas e três rodas, ou a se postarem às margens do desfile, embaixo de um sol escaldante, deslumbrados e na expectativa que aquele fantástico comboio de quase uma centena de motocicletas, triciclos, motociclistas e garupas, lhes trouxessem a esperança de um futuro melhor, descobrimos a verdadeira cara do Brasil.
Do país que poderá ser descoberto. Do país que poderá ter retirado de cima de si um manto obscuro que esconde a tantos anos, e até hoje, todas as suas mazelas e que não condizem com aqueles rostos.
Olhando pra cada um deles, pode-se vê-lo claramente.
O país que deverá ser descoberto, para o Brasil ser redescoberto, pelos filhos que ele têm por direito. Pelos rostos que clamam por justiça social, na construção moral e política de uma sociedade baseada na igualdade de direitos e na solidariedade coletiva, e equilibrada sobre dois pilares, econômico e social.
Não sabemos quantos destes dia 7 ainda estaremos presentes pra nos orgulharmos e sentir essas emoções novamente, além de que muitos desses rostos poderão não estar mais lá.
Não podemos esperar mais, devemos fazer o que cada um de nós está esperando do outro, e que está sendo tanto alardeado por muitos textos e mídias, como esse que construo.
Vamos à luta, vamos ser uníssonos nessa nossa voz, começando por nós, mantendo ou iniciando nas nossas intervenções e expressões no dia-a-dia uma atitude e comportamento ilibado, pautado e coerente com os nossos discursos e bons valores no motociclismo, e caminhar firme pra transformar todos os dias do ano em um dia 7.
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