Um sábio provérbio conta: “Se quer saber como é o caminho, pergunte a quem já o percorreu”. Foi baseando-me neste sábio provérbio que, após aceitar sujestão de ‘irmãos’, fiz este livro por acreditar poder através dele transmitir às novas gerações, boas experiências adquiridas em viagens estrada afora.
É notório e sabido que o verdadeiro motociclista é por natureza corajoso, amante da liberdade e solidário companheiro, não somente com os ‘irmãos’, mas também para com as demais pessoas.
Classifico haver três categorias de motociclistas:
Alguns, por serem mais arrojados, gostam da velocidade; A maioria aprecia a versatilidade e a rapidez que a motocicleta proporciona; Mas outros a têm pelo fato de serem estradeiros e adotam este meio de locomoção por amarem o esporte. Esporte este que proporciona maior contato com a maravilhosa e confortante natureza cheia de magia e contrastes. Contrastes que são sentidos por todos, mas especialmente pelos estradeiros através dos elementos que são: Sol, Vento, Chuva. E por consequência destes dois últimos elementos surge o frio a ser também enfrentado, pois afinal de contas ele “faz parte do barulho”.
E é, através destes elementos, que usufruem: Ar mais puro para respirar, ganhando com isso condições mais saudáveis para viver e mais tempo de vida; Reconfortante calor proveniente do sol que energiza o organismo e calcifica os ossos, proporcionando maior resistência para enfrentar tombos nas estradas e nas adversidades da vida; E por fim a chuva, embora incomodativa, é reconhecida por sua vital importância para hidratação do nosso organismo e benefício que proporciona à natureza. E quanto ao frio por ela causado, diria fazer parte da ‘lei da compensação’ existente nesta mesma natureza: O badalado ecossistema
Vejamos também os prazeres que estes elementos da mãe natureza nos oferecem:
O ar – Brisa constante quando se está em movimento, a qual acaricia o rosto proporcionando indescritível sensação de liberdade;
O sol – Oportunidade prazerosa, que deixa o motociclista à vontade para poder apreciar melhor o que existe no percurso, e pilotar sua moto com maior segurança;
A chuva – Molha as vestes, causa frio, cria piso derrapante e também atoleiros. Mas é assim que aprendemos como ter prudência para desfrutarmos os bons momentos vividos sobre a moto.
São, enfim, estes elementos e suas consequências que dão todo sabor às motos e às aventuras; São ímãs que atraem motociclistas para arrojados e perigosos desafios estrada afora, tornando-os estradeiros sem fronteiras.
Através desses fenômenos e acontecimentos facilmente identificamos um estadeiro ao vermos a peculiaridade das suas vestes e o tipo simples e resistente da moto que utiliza; É cauteloso e obediente quanto às leis e regulamentos, tanto nas estradas quanto nas cidades; Tem sempre estampado na face o feliz sorriso da liberdade por saber da sua independência em criar e vencer desafios; É humanitário, não somente por índole, mas também pelos acontecimentos havidos e aprendidos nas estradas, onde muito viu, muito sentiu, ajudou e também recebeu ajuda. Fatos esses que moldam e consolidam o caráter de uma pessoa tranquila, solidária, feliz. Razão de ostentar no rosto o contagiante sorriso acima descrito, o qual é notado por todos aqueles que o vêm pelas estradas a caminho das suas aventuras.
Há até quem diga existir nas estradas almas de antigos estradeiros, que por amarem o esporte por elas ainda passeiam, imbuídos que estão dos momentos felizes que tiveram.
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