Acordamos bem cedo para fazer um passeio que seria inesquecível ( Poço Encantado e Poço Azul ). No primeiro, saímos pela BR percorrendo 26km de asfalto e 24 km de estrada de terra. Para descer na caverna, é necessário pagar a entrada e obrigatoriamente ter a companhia de um Guia local. Descemos por uma trilha íngreme e logo estávamos na entrada da gruta. Neste momento começou a adrenalina pulsar no corpo, pois a entrada da gruta era estreita e escura, necessitando de luz artificial para nos guiar.
Nos meses de abril a setembro um facho de luz solar penetra através do pórtico de entrada, compondo um cenário que representa um dos mais conhecidos cartões postais da Chapada Diamantina.
No Segundo, viajamos mais 18 km de terra com destino ao poço azul.
Nesse trecho, após passar por vários locais com muita terra solta e uma vegetação muito diferente da nossa região, deparamos com um rio que seria necessário atravessá-lo de moto ( aproximadamente 100 metros de largura ). Ficamos todos analisando o que fazer, e por algum motivo pensei que o nosso passeio seria cancelado ali, pois não havíamos sido informados deste cenário e um provável obstáculo.
Quando chegamos na margem do rio, havia um nativo com uma moto que nos informou que podíamos atravessar sem problemas nos indicando o melhor caminho. Neste momento tomamos a decisão de fazer o mesmo. Analisamos o melhor caminho e atravessamos o obstáculo.
Para visitar o poço, também é necessária a compra de ingresso e a contratação de um guia local.
Neste poço o mergulho é permitido e sem dúvida alguma que foi um dos lugares mais bonito que conhecemos. O ingresso dá direito a um colete salva vidas, snorkel e máscara de mergulho. A flutuação é incrível sendo que no primeiro momento ficamos um pouco amedrontados, mas logo nos acostumamos com o lugar.
A cor azulada do Poço azul, entre outros fatores é explicada pelo ângulo que a luz atinge o poço, associado ainda aos minerais presentes na água como o magnésio e calcário.
O Poço tem 80 metros de extensão, com duas cavernas de 20 m², mas a flutuação só é permitida na parte da frente, que é delimitada por cordas.
Ao mergulhar o rosto se tem a impressão de estar lá no fundo, a nitidez é tamanha que temos a sensação de poder tocar o que estamos vendo, mesmo com a profundidade que chega a 16 metros.
Nele também existem alguns camarões e o raro bagre albino, mas é muito difícil encontrá-los. Durante o mergulho, o uso de coletes é obrigatório e não é permitido movimentos bruscos, todo esse cuidado é necessário para a preservação do local, onde já foram encontrados fósseis de animais pré-históricos como a preguiça gigante que encontra-se no museu da PUC-MG.
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