4º dia – Bonito

Neste dia optamos por conhecer as grutas de São Miguel e do Lago Azul. A Gruta de São Miguel fica no Parque Ecológico Vale Anhumas. Chegamos bem cedo, acho que 20 minutos antes do horário marcado, e éramos da primeira turma do dia.
Isto nos favoreceu muito, pois enquanto esperávamos, pudemos ver 5 lindas araras vermelhas voarem até o local para fazer a alimentação da manhã. Os proprietários da fazenda têm colocado sementes num local próximo à recepção e alguns dias da semana um grupo de araras vêm se alimentar logo pela manhã e foi o que de fato ocorreu. Pudemos ver estas aves ainda em estado selvagem, se aproximarem pouco a pouco, de árvore em árvore, para certificarem-se de que nenhum perigo as esperava. Quando uma delas sentiu-se segura, ela voou de uma árvore até o chão onde estava o cocho com o alimento.. Todos ficamos inertes e em silêncio e, na sequência, uma a uma foi pousando lentamente no local.

Foi uma manhã maravilhosa, o sol fraco da manhã, a brisa fina e suave do inverno no centro-oeste e aquelas lindas e coloridas araras, ali ao nosso lado. Depois de muita apreciação, fomos chamados para começarmos nossa caminhada até a Gruta de São Miguel. O percurso é emocionante, feito sobre uma trilha suspensa de cerce de 200 metros até chegar à entrada de uma das cavidades mais antigas deste planeta. É uma gruta com diversas formações calcárias, onde a natureza intocável mostra seus corais e ninhos de calcário. Esta gruta fica cerca de 20 km da cidade.

Conhecemos o local e depois seguimos para a Gruta do Lago Azul, que é o “cartão postal” de Bonito e é considerada um monumento natural. Nosso guia nos levou por uma caminhada de 1 km aproximadamente. Entramos no parque e enquanto ele nos dava as instruções, nos deparamos com um filhote de veado nos observando. Todos ficamos quietos e deslumbrados pela proximidade que o animal estava. Devagar, ele (ou ela) foi se locomovendo para a floresta. Então nós entramos na gruta e começamos a fazer a descida de aproximadamente 100 metros, ou o equivalente a um prédio de 25 andares. É uma jornada feita com muita precaução e movimentos lentos, pois a umidade interna é muito elevada, o que pode favorecer uma queda. Depois de uns 10 minutos de descida, conseguimos avistar a lagoa no fundo da gruta. E ela é realmente azul.

Ninguém sabe ao certo de onde a água vem, mas acredita-se na existência de um rio subterrâneo que alimenta o lago. É um passeio místico, emocionante e cheio de descobertas. Esta gruta fica cerca de 20 km da cidade e na mesma região da gruta de São Miguel, então é um percurso que favorece a logística.

Retornamos e seguimos para almoçar. Seguimos a sugestão do Paschoal e fomos ao restaurante Tapera, onde comemos um bom peixe. Na minha avaliação foi a melhor comida de Bonito. Ele não aceita cartão de crédito, só dinheiro, cheque ou cartão de débito.

Para completar nossa tarde, fomos visitar o Balneário Municipal, um local de águas cristalinas do Rio Formoso, onde tivemos a oportunidade de ver muitos macacos prego, e uma verdadeira fartura de peixes no rio. Mesmo tendo muitas pessoas se banhando ou fazendo flutuação, os peixes de tamanho e cores variadas, estão por toda parte em grande quantidade.

No final da tarde, como de hábito, nos reuníamos no deck da piscina do Hotel (Pirá Miúna) para conversar e relaxar.

Decidimos jantar no bar do João, o mais famoso restaurante de Bonito, um restaurante típico e muito bem estruturado, cujo prato principal e mais famoso é a Traíra sem espinho. É muito bom, mas confesso que na minha avaliação ficou atrás do Restaurante Tapera, que é mais simples, é verdade, mas a comida é mais saborosa e suculenta.


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