Nem dava para creditar que estávamos saindo pro céu, porque Curitiba é o céu perto de tudo que eu vi. Nesse dia a viagem transcorreu bem, a estrada estava boa, apesar das muitas interrupções para obras, mas a vontade de chegar era grande. A volta é sempre mais chata, mas essa volta era sonhada.
Próximos a Curitiba uma nuvem preta. Chuva à vista. Paramos no pedágio próximo à cidade para esperar a chuvona passar. Percorremos 427 km nesse último dia de viagem de moto. Cheguei debaixo de chuva, mas de alma lavada, não pela chuva e sim por estar voltando pra casa, depois de uma aventura de 8600 km pelo Brasil, Bolívia e Peru.
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Conclusão:
Se você quer fazer uma viagem de moto para a Bolívia, prepare-se para os perrengues que vai encontrar.
- não vendem gasolina para estrangeiros e quando vendem você paga o triplo e é uma burocracia do cão;
- viaje com a moto certa, aquela que você domina e sabe como se comporta numa estrada de chão, porque tem muitas por lá;
- os parceiros também são muito importantes, veja se eles querem a mesma coisa que você, caso contrário, não vá;
- reserve hotel;
- compre o ticket de Machu Picchu antes de viajar;
- coloque uns dias a mais porque você vai encontrar obstáculos pelo caminho que não depende de você para serem ultrapassados;
- não espere muito de tudo que você acha que vai ver;
- não tenha pressa pra ir e nem voltar;
- leve tudo na base da brincadeira. Xingue muuuito;
- lembre-se de uma coisa: o seu capacete é o seu psicólogo, ele vai ouvir tudo que passar pela sua cabeça e sair pela sua boca;
- tem horas que você se pergunta: – o que eu estou fazendo aqui? E você logo descobre: está vivendo;
- não leve muita roupa, dependendo da época que viajar. Na minha viagem eu peguei muito calor, pouca chuva e pouco frio. Levei uma jaqueta de cordura pra passear, que ódio rsrsrsr;
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