Bem meus amigos, chegamos ao final de mais uma aventura com a dupla de anciãos que teima em não envelhecer e ainda por cima tirando duas veteranas motos de uma merecida aposentadoria. No último artigo relatamos nossa chegada a Deals Gap subindo pela 129 (Tail of the Dragon).
Optamos por ficar hospedados no Deals Gap Resort que, apesar do nome, é um motel (no sentido gringo, naturalmente) bem simples e barato: 59 Obamas pelo quarto com direito a 3 pessoas. O bom de ficar hospedado lá, ficamos dois dias, é que ali acontece toda a “muvuca” e de onde partem os desafiantes do Dragão e tem também a famosa “Tree of shame” onde cada um que compra um lote tem que colocar uma pedaço da moto. Além do mais dispõe de posto de gasolina (só para motos), restaurante, área para camping e churrasco.
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Quando fizemos a subida pela 129, mandando ver com vontade, foram feitas alguns fotos pelos profissionais que ficam em pontos estratégicos. As fotos só ficam disponíveis 3 ou 4 dias após, assim foi que conseguimos nos identificar e adquirir as provas de nossa passagem pelo Dragon. Ai vão duas delas:
No dia seguinte, dia 25/5, fomos visitar dois dealers HD, um na 129 e outro em Marysville, considerado um dos maiores da região. Lógico que tivemos que descer e depois subir o Tail of the Dragon e foram mais fotos que não me canso de olhar, espero que vocês também não, hehehehe.
Momentos que jamais esquecerei, valeu cada cent investido. Deixar pra depois ? Depois quando ?
Olha a responsa de liderar uma esquadrilha onde meu “ala” era nada mais nada menos que mestre Cyro Franca.
Cyro Franca arrastando a “saia” da boneca com vontade
Numa das idas e vindas no Dragon, duas speeds saíram na nossa cola e assim fomos até o “overlook” da represa. Os caras estavam meio emburrados por que não conseguiram nos acompanhar muito de perto (medo de que caíssemos ou por que não conseguiram mesmo). O fato é que eles estavam de cara fechada mas após o Cyro começar a bater um papo com eles os caras foram se soltando e até tiraram fotos conosco. Aproveitei para sapecar um adesivo do Gato Cansado no “Guide Rail” onde se tornou tradição fazê-lo.
As concessionárias Harley que visitamos, para variar, vendiam uma barbaridade. Na de Smoky Mountains (Marysville) eles têm ate uma cerimônia onde o comprador (de uma moto ou trike) dá uma badalada num sino barulhento no meio do saguão e todos os vendedores gritam e batem palma. Enquanto estivemos lá foram 3 badaladas. A primeira pegou-me no susto e eu estava bem debaixo da porra do sino. Uma senhora avantajada (o marido deve ter comprado um trike suponho) deu-lhe uma porrada ensurdecedora, o “putaquepariu” saiu automaticamente mas nada que atrapalhasse o convite para o almoço. Os caras tem um restaurante cheio de bossa anexo à concessionária e onde estacionam cada moto que não dá para acreditar (vejam um exemplo abaixo).
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A saída de Deals Gap a caminho de Charlottesville aconteceu no dia 26/05 pela manhã. Naturalmente viemos pela Blue Ridge, afinal de contas, apesar da idade, ainda somos apreciadores das belas e perigosas curvas, hehehehehehehe…
Antes de pegarmos a Blue Ridge, descemos para Robbinsville passando por paisagens maravilhosas pois a estrada, cheia de curvas fechadas e em descida, margeia um enorme lago formado por uma represa onde foi feita uma cena do filme “O fugitivo”. Era bem cedo e havia uma bruma sobre a água. Tive que parar e tentar inúmeras fotos. Lindo, limpo e preservado o local, a exemplo de todos os parques em que rodamos.
Quando entramos na nossa já conhecida Blue Ridge a festa recomeçou, naturalmente que com algum excesso de velocidade embriagados que estávamos pela sequência de curvas e pela alegria de nos sentir parte integrante daquela paisagem exuberante. Imaginem, manhã bem cedo, quase sem movimento e apenas duas velhas Wings pilotadas com capricho, vencendo uma sequência de curvas ao som da mesma musica (dois quatro cilindros “flat” roncando em uníssono), fazendo os mesmos movimentos, como se fosse uma coreografia exaustivamente ensaiada.
Acho que eu e o Cyro formamos uma boa dupla. Conseguimos nos entender embora muitas vezes nossas opiniões fossem conflitantes. Nesses momentos prevalecia a troca de argumentos inteligentes e maduros, como vocês podem ver:
Em outras ocasiões, argumentos mais fortes, porém civilizados, foram largamente utilizados, mas nada que pudesse abalar uma grande amizade.
A todos que tiveram o trabalho de ler, meu muitíssimo obrigado e gostaria de deixar uma mensagem para os que chegaram até aqui, motociclistas ou não:
“Estude como se fosse viver eternamente (principalmente motociclismo) e viva o dia de hoje como se fosse morrer amanha”
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