A partir de Rorainópolis, durante todo o percurso até a entrada de Manaus, passamos por dentro da Selva Amazônica. Trecho extremamente agradável, variava entre muito calor e pancadas de chuva.
Logo, o Tagino passou à nossa frente e nos fez fazer uma parada estratégica. Chegamos à linha imaginária do Equador, local onde ergueu-se o Monumento em sua homenagem e divide o hemisfério Norte setentrional do hemisfério Sul meridional. Chamado de Marco Zero ou de Latitude Zero, foi alvo de fotos de todo o grupo.
Seguimos nossa viagem de moto em direção a Presidente Figueiredo e cruzamos toda a reserva indígena de Waimiri Atroari, com 123 km de extensão pela BR-174, e que durante a noite fica fechada. Du e Ismênia tiveram que dormir em suas margens no 1º dia da viagem, quando foram de táxi de Manaus à Boa Vista. Esse trecho é muito bonito, totalmente cercado pela floresta amazônica, com diversos igarapés e placas com recomendações para não parar pelo caminho.
Cruzamos com alguns índios caminhando em suas margens e vimos outros passando de barco em rio sob a ponte que fazia fronteira entre Roraima e Amazonas.
Atualmente existem cerca de 1.700 índios vivendo em 30 aldeias próximas às margens da estrada. A Eletronorte hoje desembolsa R$ 350 por índio como compensação pela inundação em grande parte da reserva por ocasião da construção da Usina de Balbina, nos anos 1980. Segundo o indianista José Porfírio de Carvalho, durante a construção da estrada pelos militares no começo dos anos 70, houve a morte de muitos índios da tribo.
Logo chegamos a Presidente Figueiredo. Conhecida como a Terra das Cachoeiras, Presidente Figueiredo fica a 117km de Manaus e é destino rotineiro dos manauaras durante o fim de semana. São mais de 100 cachoeiras catalogadas, de diversos tamanhos e formatos, além de várias corredeiras, grutas e cavernas, o que possibilita a prática de esportes de aventura como rafting, bóia cross, caiaque, tirolesa, rapel, espeleologia, arvorismo e trilhas na selva. Bem estruturada com diversos restaurantes, lá almoçamos o Pirarucu, peixe característico da Amazônia.
Após o almoço, começaram os tobogãs. Retas imensas com muitas subidas e descidas até a entrada de Manaus.
Chegamos ao Hotel Go Inn, no centro da cidade e bem próximo ao Teatro Amazonas, Cais do Porto, Mercado Municipal Adolfo Lisboa e ali nos despedíamos das motos, logo estavam na carreta, pois partiriam pela manhã seguinte em direção à Porto Velho.
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