Canmore – Banff – Canmore – 59º dia

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América do Norte, Alberta, Canada

Canmore – Banff – Canmore (Parcial = 30 Km / Total = 27.403 Km)

Hoje, com mais tempo, logo após acordar, conclui a leitura dos Comments do Blog, que tantos amigos, disponibilizando seu precioso tempo, tiveram a paciência e gentileza de escrever. Muito obrigado, irmãos. Desculpem-me por nem sempre poder responder. Realmente, nos momentos e dias difíceis as mensagens de apoio da família e dos amigos me trouxeram forças e levantaram o meu astral. Agora, hospedado no Hostel Bear, estou mais tranquilo porque a região é belíssima, as pessoas hospedadas são muito cordiais e como estou adiantado no meu cronograma, o custo do hostel é o ideal para eu poder esperar alguns dias, economizando energia, até poder avançar para Billings, meu próximo compromisso.

Estava um sol maravilhoso e resolvi ir conhecer a pitoresca e bucólica cidade de Banff, que é como são em arquitetura e beleza, todas as cidades dessa região.

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Depois de passear um pouco pela cidade, fui conhecer o Indians Buffalo Nations Museum, que mostra como era o estilo de vida e traços das culturas das tribos (armas; tendas; ritual do fumo; artefatos para cavalgar; etc) que abitavam as várias regiões, além dos vários animais empalhados (Eagle; Caribou; Buck Mule Deer; American Buffalo; Musk Ox; Rocky Mountain Sheep; Mouse; etc), que ainda existem no Canada. O nome do museu é um tributo ao Grande Chefe Walking Buffalo, que percorreu todas as nações indígenas e as principais nações modernas do mundo, pedindo que os povos vivessem em paz e que os índios fossem tratados pelo homem branco como um irmão.

Depois, acelerei a Electra, subindo a montanha para conhecer o Banff Gondolas Explore. Não fiz o passeio de gondola porque imaginei que lá em cima deveria estar muito frio – estava sem agasalho – além do preço do passeio ser o valor de um pernoite no hostel.

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Satisfeito por ter saciado a curiosidade, voltei para Canmore. Na cidade, procurei um lugar agradável para tomar um café. Estacionei em frente um lugar bonito e agradável. Tinha um casal sentado logo na mesa da frente, junto a calçada. Perguntaram sobre a viagem que eu estava fazendo e começamos a conversar, inclusive sobre o as grandes cidades do Brasil e seus cinturões de miséria (periferias e favelas). Derek e Diana são canadenses, residentes em Calgary e estavam em Canmore a passeio. Derek também é motociclista e ambos, muito gentis e atenciosos, me convidaram para conhecer Hot Springs. Para acompanhá-los retornei a Banff e voltei a subir a montanha onde fica a Gondola, pois um pouco mais a cima era Hot Springs, um complexo estrutural criado há muitos anos, em função de uma límpida e quente piscina natural.

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Passamos a tarde de molho em uma água, que vinha do coração das montanhas, com 39ºC. Acho que os últimos resquícios do pó do Alasca, que estavam entranhados na minha pele, ficaram na famosa piscina do Canada. Quando tentei fotografar o local e o casal de amigos, a carga da bateria tinha acabado. Mais tarde, me convidaram para jantar. Ante tanta gentileza e amabilidades dos novos amigos canadenses, não tinha como lhes dizer não. Fomos comer fundi de legumes e carnes exóticas, além de uma garrafa de vinho para comemorar a nova amizade e a minha viagem, no Gryzzlly Restaurant, em Banff. Casa muito bonita, bem decorada com serviço e comida excelentes. Na hora da conta, perguntei se a casa aceitava cartão de crédito e o Derek falou: “nem pensar”, pois eu era seu convidado. Em certa oportunidade, a Diana me confidenciou que o Derek tinha ficado impressionado com a minha viagem e tinha ficado muito feliz em me conhecer. Em seguida, mostraram-me várias coisas interessantes em Banff e à noite, antes de seguirem para Calgary, me conduziram até Canmore, na porta do hostel. Fiquei feliz com tanta atenção e cordialidade e triste por não ter como agradecer. Em homenagem aos novos amigos canadenses, Derek e Diana, transcrevo o que o Grande Chefe Pés Pretos Walking Buffalo disse, à época, aos presidentes do Canada e de outras grandes nações, que estavam apoiando a sua luta em prol da paz entre o homem branco e todas as nações indígenas: “vim encontrar com estranhos e achei meus irmãos”.

PHD Artur Albuquerque
Fonte: http://phdalaska.hwbrasil.comwww.phd-br.com.br

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