Acordamos cedo para tentar comprar uma nova corrente para minha moto. Para nossa surpresa, a menos de 500 metros do hotel existiam seis lojas com grande variedade de peças de moto.
Adquiri em uma delas uma corrente de origem japonesa para minha moto, uma Suzuki V-Strom. Paguei aproximadamente R$ 270, bem mais em conta do que no Brasil.
Partimos de Neuquén com destino a Bariloche, distante 440 quilômetros. Depois de 30 quilômetros entramos na Ruta 237. A partir desta rodovia, a aridez acentuou-se, transformando a região em um quase deserto. Vegetação branca e muitas pedras. Parecia que estávamos nos dirigindo para lugar nenhum.
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Após percorremos alguns quilômetros, na localidade chamada de El Cochon, apareceu um lago Simplesmente lindo, de cor esverdeada, contrastando com os tons de branco e marrom vistos até ali. Trata-se da Embaise (Represa) Ezequiel R. Mexia, que é utilizada em sua extensão como balneário.
O caminho seguinte transformou-se: imensidões de retas, onde avistamos muito longe no horizonte uma linha, com paredões circundando nossos caminhos. Mais adiante, chegamos à localidade de Pedra Del Áquila (Pedra da Águia), formações rochosas que parecem trabalhadas pelo homem, criando diversos desenhos.
Paramos para abastecer em um Posto Petrobrás e decidimos almoçar num pequeno restaurante chamado de Parrilla la Posta. Local Extremamente aconchegante. A lareira espantava o vento e frio que fazia do lado de fora. Comemos um assado simplesmente divino, tomamos duas garrafas de um vinho maravilhoso e pagamos a ninharia de R$ 23 (Convertidos para nossa moeda) por casal.
Retornamos para a estrada e o vento tornou-se extremamente forte. Próximo a Bariloche fazia o maior frio e as paisagens ficaram ainda mais belas. Passamos por cadeias de montanhas e, ao longe, vimos a Cordilheira dos Andes, com seus cumes cobertos de neve.
A beleza estampada a partir deste trecho lembra demais as paisagens canadenses, com diversos lagos, vegetação e árvores típicas daquele país. O verde das águas dos lagos ali existentes chega a superar em beleza as do mar de Angra dos Reis e arredores. Agradecemos a Deus ter nos dado a oportunidade de estar em locais tão belos.
O vento aumentou absurdamente e, ao cruzarmos uma ponte sobre um lago imenso, à nossa direita observamos uma violenta tempestade no caminho que leva a San Martin de Los Andes.
Logo chegamos a Bariloche sob uma intensa e fria chuva.
Paramos em um posto para nos secar, enquanto Marcos Pires conseguia um hotel no centro, o Patagônia Sur, em rua alta, onde de nossos quartos conseguimos ter uma visão fantástica do lago Nahuel Huapi.
À noite, após o jantar, demos uma volta pela bela localidade. O frio era intenso.
Recolhemos-nos para os passeios que nos esperavam no dia seguinte.
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