Viagem de moto pelo Norte do Brasil

Expedição Amazônia

A Amazônia é uma região que sempre me despertou muita curiosidade e, depois que comecei a realizar viagens de moto, decidi que iria conhecer a região. Após ler vários relatos de viagens pela Amazônia, comecei a planejar uma viagem pelas estradas de terra das rodovias Transamazônica e BR 319, a Rodovia Fantasma, que liga Porto velho a Manaus.

Lancei esta ideia em um grupo de WhatsApp e de imediato 5 amigos confirmaram a participação. Como nós não tínhamos experiência de pilotagem em estradas de terra e areia, resolvemos marcar uma viagem de treino pela região do Jalapão, no estado do Tocantins (você pode conferir o relato da viagem aqui). Depois daquela viagem, 4 dos integrantes iniciais da aventura desistiram devido às dificuldades enfrentadas nas areias do Jalapão. No fim, restaram apenas meu amigo Adriano Tamietti e eu para encarar o novo desafio.

Comecei os preparativos escolhendo uma moto para encarar o terreno off road. Todas as viagens que tinha feito até o momento (Patagônia 2015 e Atacama 2016) foram feitas em uma Honda Shadow 750. E estava claro que não dava para ser na Morena (nome da moto). A princípio comprei uma Honda XRE 300, uma moto de baixa cilindrada, mas leve e ágil. Estava satisfeito com ela até o momento que ela trincou o cabeçote (problema crônico das XRE 300). Retifiquei o cabeçote, fiz uma manutenção geral, mas minha confiança na máquina acabou. Comprei então uma Yamaha Teneré 250 2017, muito nova. A mesma moto usada pelo Adriano.

Ela já veio com protetor de motor. Instalei um baú traseiro e um suporte de baús laterais. Neste suporte instalei uma grade para transportar um galão de combustível de 5 litros e do outro lado adaptei um alforje de couro que eu usava em minha Shadow. Instalei um par de faróis de milha em led e uma tomada 12 volts. Fabriquei e instalei também um porta ferramentas usando um tubo de PVC de 100 milímetros. A máquina estava pronta para o desafio.

Quanto a itens de segurança pessoais, iria usar uma armadura para motocross, joelheiras articuladas, luvas de couro cano longo, calça e jaqueta de cordura. Um capacete tipo motocross e óculos de proteção, apesar do capacete ter viseira.

A poucos dias do início da aventura, meu cunhado Amerizon disse que queria ir, mas não tinha moto, nenhum equipamento de proteção e nenhuma experiência em viagens de moto. Eu disse que a moto não era problema, pois eu tinha a XRE 300, aquela que havia trincado o cabeçote, e que venderia para ele. Só não podia garantir que ela iria aguentar o desafio. Equipamento de proteção era barato e ele podia comprar em qualquer loja. E a experiência ele iria adquirir durante a viagem. O maluco topou.

Viagem de moto

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *