Terminaram os cinco dias de sobrevivência na Amazônia, e sobrevivi! Consegui arranjar um amigo Australiano que conheci em Sucre para me acompanhar nesta aventura. Segundo o nosso guia, já não fazia uma sobrevivência total, como fizemos, há mais de dois anos!
No primeiro dia só nos deram um mosquiteiro, uma camisa, umas botas e uma catana e levaram-nos para o interior da floresta, que nos demorou cerca de 3 horas de barco e daí iniciou a aventura!
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Logo para começar, na primeira noite, depois de construirmos o nosso abrigo, o nosso guia iniciou o ritual ao espírito Pacha Mama, que aqui na Bolívia é o espírito da terra ou natureza. Passadas horas a fazer rezas com uma vela acesa e a colocar coca, álcool e tabaco num buraco no chão, começamos a ouvir passos pesados na nossa direção… Pegamos todos nas catanas e ligamos as lanternas. Quando nos levantamos, começamos a ouvir um animal rosnar. Tínhamos um jaguar a 20 metros de distância e eu só via o nosso guia com a catana na mão e com a outra a rezar, não foi uma grande sensação de segurança… Não fomos atacados e o jaguar seguiu para o outro lado muito tranquilo!
Resumindo o resto dos dias, numa floresta cerrada é bastante complicado caçar. Passamos 35h sem comida. Só comemos algumas larvas, folhas de coca e térmitas. Conseguirmos chegar a um rio onde pescamos umas pequenas piranhas. Depois disso, mais 24h sem comida e sempre com grande esforço físico, pouquíssima energia, uma sensação que nunca tinha passado!
Passadas estas horas todas, quase sem comida, consegui pescar um peixe com cerca de 3 quilos que deu para termos um jantar razoável!
Construímos o nosso barco e no último dia encontramos plátanos, alegria pura! Tivemos mais situações com animais e comida, mas não posso colocar fotos que são ilícitas!
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